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sábado, 17 de julho de 2010

Filme sobre Drácula da produtora de Crepúsculo não terá vampiros?





No começo desta semana, a produtora de Crepúsculo, a Summit Entertainment, anunciou uma adaptação ao cinema da história do Conde Drácula, o filme de ação intitulado Vlad. As primeiras informações sobre a trama começam a sair - e aparentemente não tem nada a ver com vampirismo.

Foi o que disse o autor do roteiro, Charlie Hunnam, de 29 anos (ator conhecido pela telessérie Sons of Anarchy), em entrevista à EW. "Na versão atual do roteiro não tocamos no tema do vampirismo. Foi a única coisa que fiz questão quando desenvolvemos a ideia, e felizmente ninguém veio sugerir que entrássemos no tema. Mas dá pra ver claramente as coisas que Bram Stoker pegou... Vlad era um homem brutal, e o desafio é criar uma empatia entre ele e o público", disse Hunnam.

O príncipe romeno Vlad Tepes (1431-1476), o empalador, serviu de inspiração para o clássico livro de Stoker, originalmente publicado em 1897, que definiu os alicerces do mito do Conde Drácula. Hunnam diz que passou cinco meses viajando pela Romênia durante as filmagens de Cold Moutain e foi então que entrou em contato com a lenda local.

"Minha ideia era fazer uma história mais para Coração Valente do que para 300, e acho que o texto evoluiu dessa forma, então temos uma boa mistura de ambos. Acho que desenvolvi mais a história do que 300. O que me interessa é a história real desse cara que se torna um mito, e por causa do comportamento dele é muito fácil mitificá-lo. A maior parte do filme enfoca Vlad como um jovem assumindo seu papel como príncipe, e cobrimos a vida inteira dele", diz.

Hunnam relata o que se conhece da história clássica: o império otomano invade o território que inclui a Romênia (dividida em três principados, um deles a Transilvânia) e derrota o pai de Vlad, Vlad Dracul - em tradução literal, "Vlad, o dragão". "Ao invadir, os otomanos oferecem ao rei a opção de continuar no poder, permitir que o catolicismo local florecesse, mas também permitir que os otomanos, muçulmanos, vivessem na região como iguais. O sultão otomano também queria os dois filho mais novos de Vlad, criá-los sozinho e torná-los devotos muçulmanos, para depois devolvê-los ao trono. Vão Vlad, que tinha 12 anos e um certo senso do que acontecia, e seu irmão, Radu, de sete. No fim das contas, na cabeça de Vlad, Radu é corrompido, tratado como um príncipe pelos otomanos, enquanto Vlad é trancado como um escravo. Oito anos depois o pai deles é assassinado e Vlad decide escapar, vingar o pai e assumir o trono - mas seu irmão se recusa a acompanhá-lo. Aí começa uma guerra de 17 anos entre irmãos, entre cristãos e islâmicos", narra o roteirista.

Segundo Hunnam, todo esse trecho é o primeiro ato do filme. Em futuras versões do texto tudo isso pode ser limado, mas a ideia é que a introdução termine com Vlad e Radu entrando na vida adulta. O roteirista diz que servirá de produtor-executivo no projeto. "E quando a seleção de elenco começar, vou colocar meu nome ali no meio. Adoraria fazer qualquer papel. O do irmão de Vlad me parece bom...", insinuou.

Novamente o caso do vampirismo: "Vlad fazia o que achava certo. Era ele que estava sendo invadido, e cuja crença religiosa estava sendo apagada. A brutalidade dele vinha de necessidade militar - táticas de choque e de medo para dar uma vantagem. A pólvora tinha acabado de ser inventada, e Vlad estava lutando com espadas e flechas, enquanto os otomanos tinham armas de fogo. Mas Vlad lutava em casa e conhecia o terreno, então podia lutar à noite. Ele colocou seus homens para agir só à noite... Existem várias formas de mostrar a origem do mito do vampiro sem que ele saia por aí bebendo sangue".

O fotógrafo e diretor de videoclipes Anthony Mandler, outro estreante, dirigirá o filme. A produtora de Brad Pitt, Plan B, cuida do projeto.



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