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sábado, 17 de julho de 2010

Shtriga





A Shtriga (derivada da romana Strix; compare também com a romena Striga e a polaca Strzyga), segundo o folclore albanês, é uma bruxa vampírica que suga o sangue dos bebês à noite enquanto dormem, e então se transforma em um inseto voador (tradicionalmente um traça, mosca ou abelha). Só a prórpia Shtriga pode curar aqueles que tinha drenado (frequentemente cuspindo em suas bocas), e aqueles que não foram curados inevitavelmente adoecem e morrem.



Registros


Edith Durham registrou vários métodos tradicionalmente considerados eficazes para se defender da Shtriga. Uma cruz feita do osso de suínos pode ser colocada na entrada de uma igreja no domingo de Páscoa, tornando qualquer Shtriga que estiver lá dentro incapaz de sair. Elas poderiam então ser capturadas e mortas na soleira da porta em que tentaria em vão passar. Ela ainda registrou a história que diz que, depois de drenar o sangue de sua vítima, a Shtriga geralmente vai para dentro de uma floresta e o regurgita. Se uma moeda de prata for embebida nesse sangue regurgitado e envolvido num pano, ela se torna um amuleto que oferece proteção permanente contra qualquer Shtriga.

A Shtriga é frequentemente retratada como uma mulher com cabelos pretos e longos (às vezes vestindo uma capa) e um rosto terrivelmente desfigurado. Elas se recusam a comer qualquer coisa picante ou que contenha alho.

A entidade não deve ser confundida com a Strega da bruxaria italiana.



A Shtriga na cultura popular

O seriado de terror para TV Sobrenatural teve um episódio em que Dean acredita ter uma Shtriga atacado Sam durante a sua infância. A Shtriga só poderia ser morta por uma bala de ferro enquanto se alimentava de Spiritus Vitae, "Sopro Vital" em latim. A Shtriga se apresentava como um médico do hospital da cidade.

Trata-se do episódio 18 da primeira temporada, denominado no Brasil de: Alguma Coisa Maligna (Something Wicked, no original).

O cantor brasileiro Raul Seixas escreveu-lhe uma música na qual Shtriga é chamada de "Senhora Dona Persona".




Shtriga: a Bruxa Vampírica Albanesa

Orivaldo Leme Biagi


A região balcânica, localizada na Europa, é rica em mitos vampíricos. Romênia e Bulgária lutam pelo domínio político da Transilvânia, região esta que ficou caracterizada eternamente como um local de existência de vampiros graças a Vlad, o Impalador e, logicamente, ao livro Drácula, de Bram Stocker. A Grécia também tem forte tradição vampírica em seu folclore. E a Albânia, país pequeno voltado para o Mediterrâneo, também tem os seus mitos vampíricos, sendo que o mais famoso deles é a Shtriga.

A Shtriga é uma bruxa vampírica, parecida com a Strigon, bruxa encontrada nos povos eslavos do sul (principalmente na Eslovênia), os Strigoi da Romênia e o Vjeshtitza de Montenegro, mostrando uma intensa circulação de mitos na região, mesmo considerando-se que os albaneses não são eslavos como seus vizinhos.

A expressão "shtriga" deriva do latim "strix", mocho, que era o espírito demoníaco voador que atacava durante a noite. A Shtriga albanesa geralmente tomava a forma de uma mulher que morava na comunidade sem ser descoberta, pois era difícil identificá-la, embora ela tivesse um sinal característico: o cabelo de uma menina ficava branco perante sua presença. A Shtriga atacava durante a noite, geralmente com a forma de um animal ou inseto (como traça, mosca ou abelha).

Duas maneiras foram levantadas para sua descoberta, além da transformação dos cabelos brancos de uma menina diante de uma Shtriga: 1ª - num determinado dia, quando a comunidade estivesse na igreja, uma cruz de ossos de porco poderia ser atada às portas e qualquer Shtriga ficaria presa dentro de casa, sendo, portanto, identificada; 2ª - se alguém seguisse uma suspeita shtriga à noite, esta teria, em determinado momento, que vomitar o sangue que tivesse sugado de suas vítimas, sendo, portanto, identificada. Além do mais, o sangue vomitado era um amuleto contra estas bruxas.



Artigo escrito e pesquisado por Orivaldo Leme Biagi, tendo sido publicado originalmente no fanzine "Juvenatrix", editado por Renato Rosatti.


http://www.bokadoinferno.hpg.ig.com.br/romepeige/filmes/D/vampirismo/bruxa.html

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