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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Arquitetura gótica






Arquitetura gótica


É um estilo arquitetonico que segundo pesquisas, é evolução da arquitetura romantica e sucede a arquitetura renascentista. Foi desenvolvido na França em pleno período medieval, onde originalmente chamava-se "Obra Francesa" (Opus Francigenum); o termo 'gótico' só apareceu no final da Renascença como um insulto estilístico.
Com o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos pontos culminantes da arquitetura pura. As abóbadas cada vez mais elevadas e maiores, não apoiavam-se em muros e paredes compactas e sim sobre pilastras ou feixes de colunas. Uma série de suportes que eram constituídos por arcobotantes e contrafortes possuiam a função de equilibrar de modo externo o peso excessivo das abóbadas. Desta forma, imensas paredes espessas foram excluídas dos edifícios de género gótico e foram substituídas por vitrais e rosáseas que iluminavam o ambiente interno.
O estilo gótico ficou marcado em muitas catedrais européias, entre elas a de Notre-Dame, Chartres, Colônia e Amiens, a maioria classificada como Patrimônio Mundial da UNESCO. Muitas catedrais góticas caracterizam-se pelo verticalismo e majestade, denominando-se durante a Idade Média, como supremacia e influência para a população.






O termo "Gótico"


Até as atualidades, a origem do termo "gótico" é um mistério; existem muitas teorias à respeito: algumas razoáveis mas outras muito polêmicas. Ao longo da história, o termo foi adotado como uma gênero de diversas manifestações artísticas e culturais.
Originalmente, o termo descende da língua gótica que era falada pelos godos, povo germânico considerados bárbaros que tornaram-se extintos em aproximadamente 700 d. C. Durante seus primórdios, o estilo era conhecido como 'Estilo Francês' (Opus Francigenum), mas após o final Renascença, surgiu o então termo 'gótico' como um insulto ao estilo arquitetonico que dominou todo o Continente Europeu e ganhou notoridade graças à Igreja Católica, durante a Baixa Idade Média. Este termo surgiu durante meados de 1550 no livro Le Vite de' più Eccellenti Pittori, Scultori e Architettori, de Giorgio Vasari como um insulto estilístico. O livro baseava-se na divisão das eras artísticas preconizada por Lorenzo Ghiberti: áurea da Arte clássica, declínio desde Constantino e a partir de Giotto, a Renascença. Para Ghiberti e Vasari, este intervalo que ocorreu desde o período de Constantino até a época de Giotto foi artisticamente nulo, pois os artistas não seguiram a Arte clássica e foram influenciados pelo estilo gótico, visto por Vasari e Giotto como algo ruim para a arte.
Em meados de 1926 o alquimista Fulcanelli publicou um polêmico livro que fazia controvérsios comentários sobre a etimologia do termo "gótico". No livro, era relatado que realmente o termo descendia de uma deformação fonética do termo Art Goth, que deveria ser usado apenas por iniciantes em ocultismo. Na pronunciação de 'Arte Gótica' as duas pronúncias derivadas do ocultismo são utilizadas.






Contexto Histórico


Por volta do século X o continente europeu estava em crise e o poder real estava enfraquecido, consequentemente sucedido pelo feudalismo. A França estava ameaçada de invasão e o povo buscou refúgio nas poucas e precárias fortalezas que no país encontravam-se. Neste período, a Igreja católica anunciou que o apocalipse aconteceria no ano 1000. Durante este período foram criadas esculturas, pinturas e outros meios artísticos exibindo o pânico pressentido pela população. Século depois, como a profecia católica não realizou-se, ocorrem uma série de fatos históricos como as Cruzadas, a construção das primeiras universidades e o enfraquecimento do feudalismo que embora não tenha sido extinto à princípio. Neste período surge um novo estilo artístico, arquitetonico e cultural, baseado nos estilos romanos mas que eram combinados com as novas tendências e necessidades: o Opus Francigenum ("Estilo francês"). A partir do ano de 1127, já era possível encontrar catedrais portando este género arquitetónico e anos após, o Estilo francês já espalhava-se por toda a Europa Medieval. Na França, a primeira catedral construída com o novo estilo foi a Basílica de Saint-Denis, localizado na região de Île-de-France, atualmente conhecida como Paris. Alguns anos após, o poder feudal é derrotado e o poder real toma a Europa novamente graças à burguesia e proletários. Com o retorno da monarquia a população possue mais influência e para comemorar a série de fatos e acontecimentos, buscavam cada vez mas as igrejas e catedrais para cumprir com suas responsabilidades religiosas e agradecerem. Como o estilo arquitetonico românico era formado por pouca iluminação, os europeus buscaram o estilo francês (que é uma evolução arquitetónica da romana) para construir as novas catedrais e igrejas.








Períodos e evoluções góticas


Basílica de Saint Denis, França. Como foi construída no século XII (Gótico primitivo), os arcos desta basílica não eram agudos como os de ogiva. Imagem do portal ocidental da Catedral de Chartres, França. Construída durante o século XII, a catedral abrange esculturas angelicais empregadas em seus portais. Catedral de Troyes, França. Construída durante o século XVI, seu estilo possue traços do gótico flamejante. Rosácea da Catedral de Meaux, França. A catedral também abrange traços do gótico flamejante.Durante os anos 1100 à 1500, a arquitetura gótica sofreu diversas transformações arquitetónicas. Como o período medieval foi marcado pela supremacia da Igreja Católica, era muito importante aperfeiçoar as estruturas eclesiásticas para que os fiéis pudessem ter mais conforto e afeição com esta. Como o estilo gótico espalhou-se rapidamente por todo o Continente Europeu era necessário que este novo estilo arquitetónico trouxesse inovações técnicas. Durante quatro séculos, a arquitetura gótico desenvolveu-se radicalmente; os elementos de arquitetura foram aperfeiçoados, o interior das novas catedrais passaram a possuir luminosidade e também passaram a ser exuberantemente altas. Os quatro séculos góticos ficaram então divididos em quatro períodos, cada qual com inovações diferentes umas das outras.










Gótico Primitivo


Como o próprio termo revela, o Estilo Gótico Primitivo foi a primeira etapa arquitetónica do Estilo gótico. Seus traços característicos e seus elementos arquitetonicos são idênticos aos da arquitetura românica, consequentemente não trazendo novas espectativas na arquitetura européia. Como o gótico primitivo era muito semelhante aparentemente e estruturamente, os problemas continuaram nos edifícios e em outros géneros de construções na Europa. As paredes eram muito espessas e pesadas, impossibilitando o implantação de vitrais ou rosáceas, o que consequentemente, deixava o interior das estruturas góticas muito escuro; devido ao peso das abóbadas, era impossível construir catedrais, igrejas e abadias altas e majestosas e também, era necessário que houvesse um suporte para construir estes templos elevados. Durante este período, era possível notar que os arcos não eram precisamente pontiagudos e sim arredondados, conhecidos como meia-esfera. Durante o século XII ( 1100 à 1200 ), a arquitetura gótica não sofreu muitas mudanças arquitetónicas e ficou conhecido como período de transição, pois as poucas inovações técnicas que ocorriam, demoravam anos para evoluirem-se.



Gótico Lanceolado


O período conhecido como Gótico Lanceolado ( 1200à 1300 ) foi caracterizado pelas drásticas mudanças na arquitetura e estilo gótico em toda a Europa. Durante este período, ocorreram inovações e desenvolvimentos nos elementos arquitetónicos, consequentemente, aperfeiçoando as construções que seguiam este estilo. As principais características do período lanceolado foram os arcos ogivais, que tornaram-se mais agudos e elevados; o verticalismo acentuou-se com o uso constante da divisão do peso das abóbadas; as construções passam a buscar como meio de iluminação, os vitrais; a decoração das fachadas tornam-se cada vez mais acentuada.



Gótico Irradiante


O Período Gótico Irradiante ocorreu durante 1300 à 1400 e caracteriza-se, majoritariamente, pelas drásticas mudanças nos arcos ogivais. Como dito, o arco ogival mudou sua forma: de agudo para um triângulo equilátero. Ocorreram também mudanças em outros elementos arquitetónicos góticos como nas nervuras, que passaram a ser constituídas por elementos circulares; ocorre um rápido reavivamento do verticalismo; as fachadas continuam recebendo luxuosas decorações.



Gótico Flamejante


O período conhecido como Gótico Flamejante (também chamado de Flamboyant) ocorreu durante os anos de 1400 à 1500. Suas características mais marcantes foram os arcos ogivais, que passaram a ser formados por um triângulo obtuso, tornando-se menos agudo e que tende ao horizontalismo. Nas rosáceas e vitrais são empregadas curvas decorativas que lembram chamas, origem do nome Flamejante ou Flamboyant (que descende do francês).






Gárgulas e esculturas santas


Embora sua temática seja diferenciada da arquitetura, as esculturas góticas e as gárgulas estão muito presente nas catedrais e outros estabelecimentos eclesiásticos.
Como elemento arquitetónico, as gárgulas possuem a função de escoar as águas pluviais da cobertura e telhado dos edifícios góticos, impossibilitando-a de escorrer pelas paredes exteriores, degradando o local. Existem também opiniões diferentes sobre o elemento. Uma delas é que as gárgulas não servem para esta função de escoer a água e sim apenas para decorar o ambiente. A opinião mais controversa é de que as gárgulas sirvam para proteger os templos e durante o período da noite criam vida. Este obscuro boato colaborou para que as pessoas passassem a acreditar que as gárgulas serviam também para afastar os maus espíritos, idéia que se consagrou e é recitada pelos guias de turismo em toda a Europa. As esculturas de gárgulas representam seres conhecidos como quimeras.



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