1 - Vampiro: s.m No folclore eslavônico medirional, o espírito de uma pessoa morta, ou um corpo revivido por um espírito mau. Os vampiros saem de túmulos à noite para sugar o sangue humano. Na literatura dos séculos XIX e XX - em E.T.A Hoffman e Gogol por exemplo - os vampiros assumiram um caráter cada vez mais demoníaco: basta lembrar a figura cinematográfica de Drácula. || No dicionário filosófico de Voltaire vampiros são corpos que saem das suas campas de noite para sugar o sangue dos vivos, nos seus pescoços ou estômagos, regressando depois aos seus cemitérios. || (Fig.) Aquele que enriquece a custa alheia e/ou por meios ilícitos. || (Fig.) Aquele que explora os pobres em beneficio próprio. || Bras. Designação de morcego hematofago, demondontídeo, especialmente Desmodus rotundus, de colocarção castanho-parda, transmissor de raiva aos animais bovinos que ocasionalmente suga homens, retirand pequena quantidade de sangue.
2 - Vampirismo: s.m Absorção deliberada das forças físicas ou psíquicas. || Crença nos vampiros.|| Fig. Avidez demasiada || Qualidade de vampiro ou vamp.
Vampiros pelo mundo:
Africa: Asanbosam são vampiros africanos. São vampiros normais exceto o fato de possuírem cascos ao invés de pés. Tendem a morder suas vítimas no polegar.
- Assíria: Ekiiminus são malígnos espíritos assírios, metade fantasma, metade vampiro, causados por um sepultamento impróprio. Eles são naturalmente invisíveis e são capazes de possuir humanos. Podem ser destruídos sendo usado armas de madeira, ou por exorcismo.
- Bretanha: Baobhan Sith é uma fada demônio celta, que aparece como uma jovem mulher que dançará com o homem que achar até que o mesmo se esgote, para depois se alimentar dele. Pode ser morta por ferro frio. Os espíritos da floresta do balé Giselle parecem ser dessa espécie.
- Bulgária: Os Obours se parecem com vampiros normais mas têm apenas uma narina e a língua longa e pontiaguda. Eles podem ser imobilizados se colocadas rosas em seus sepulcros. Podem ser destruídos se conjurada uma palavra mágica numa garrafa e a mesma atirada numa fogueira.
- China: Ch'Iang Shih são criados quando um gato pula sobre o corpo de um cadáver. Eles matam com um bafo venenoso para então drenar o sangue. Se encontram uma pilha de arroz, tem que contar os grãos antes de passar. Sua forma imaterial é uma esfera de luz.
- Creta: Os vampiros cretas Kathakano são muito parecidos com o original, mas só podem ser mortos se forem decaptados e a cabeça fervida em vinagre.
- Grécia: São exclusivamente fêmeas, sendo geralmente metade humana, metade animal. Elas comem a carne de suas vítimas assim como bebem seu sangue. As lamias podem ser atacadas e destruídas com armas normais.
- Índia: Baital é uma raça de vampiro indiana. Sua forma natural é metade homem, metade morcego, tendo mais ou menos um metro e meio de altura.
- Irlanda: Na Irlanda, muitos druidas falam do Dearg-Dues que têm que ser mortos sendo construído um monte de pedras sobre suas sepulturas. Os Dearg-Dues não mudam de forma.
- Sérvia: Vlokoslak normalmente apresentam-se como pessoas trajadas de branco e o sol não os afeta. Podem assumir a forma de animais e podem ser destruídos se decepados os dedos dos pés, ou com um prego transpassado no pescoço.
- Roma: Strigoiuls são muito parecidos com o vampiro original, mas preferem atacar em bando. Eles podem ser destruídos se for posto alho em sua boca ou removendo-se o coração.
- Russia: Viesczy têm um ferrão sob a língua e só podem ser destruídos por fogo. Quando incendiado, seu corpo explode e dá origem à centenas de larvas e ratos. Se um deles escapar, o espírito retornará para reclamar vingança.
As lendas e mitos em torno da figura dos vampiros e um destes mitos constantes que aparecem de forma independente e insuspeita no imaginário de diversos povos. Talvez sua origem seja baseada em um antigo mito de que através do beijo seria possível apoderar-se da vida e da alma de outra pessoa; a exemplo de muitos povos africanos que acreditavam que o beijo era algo diabólico e que a pessoa beijada poderia ter sua alma absorvida se permitisse ser beijada. Entre os antigos astecas havia essa mesma alusão ao beijo, entretanto o mesmo não era considerado demoníaco, e sim uma forma de canibalização que simbolizava a oferta ritual da pessoa a ser sacrificada aos deuses. O sangue também tem um forte valor simbólico em diversas culturas: significa vida, paixão, poder, força, e também carrega consigo uma série de tabus e interditos. É difícil afirmar quando surgiram as primeiras histórias, pois aparecem referências desde a Grécia antiga.
Assim presente no folclore de muitas culturas, o vampiro ganhou vida eterna através da literatura a partir do início do século XIX. Autores como Hoffman e Gogol também contribuíram com o mito. Drácula, de Bram Stoker, foi editado em 1897 e, desde então, jamais deixou de ser publicado.
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