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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

GEORGE A. ROMERO




Nome: George Andrew Romero
Nome Artístico: George A. Romero
Data de Nascimento: 04/02/1940

Nacionalidade: Estados Unidos

"Zumbis, para mim, sempre representaram mudança, um tipo de força exterior"

Mestre dos filmes de terror, George Andrew Romero é conhecido como o Rei dos Zumbis. Nascido na cidade de Nova York, em 4 de fevereiro de 1940, começou sua carreira de diretor aos 20 anos, logo depois de se formar na universidade. Seus primeiros trabalhos foram curtas e filmes para TV, como episódios de Mister Rogers´ Neighborhood, série que inspirou a paixão de Romero pelo terror. Em um dos capítulos, o personagem Mister Rogers sofreu uma operação para retirada das amídalas. Naquele mesmo ano de 1960, junto de amigos, fundou a produtora Image Ten Productions. Oito anos depois, eles produziriam um dos mais celebrados filmes de terror de todos os tempos: A Noite dos Mortos Vivos.

O longa tem direção e roteiro de Romero, escrito ao lado de John A. Russo, seu parceiro em muitos outros filmes. Filmada em preto-e-branco, a produção custou pouco mais de US$ 100 mil e conta a história de um grupo de pessoas que se esconde de zumbis em uma fazenda, quando os mortos-vivos saem de suas sepulturas sedentos por sangue. Mais tarde, já no início dos anos 90, o clássico seria refilmado por Tom Savini. A segunda versão tem roteiro adaptado pelo próprio Romero e também produção executiva.


Em 1971, o diretor vai na contramão do gênero favorito, lançando a comédia romântica There´s Always Vanilla. Logo depois, ele decidiu retornar ao terror filmando Season of the Witch, também conhecido por Hungry Wives, centrado no mundo da bruxaria. Foi nos bastidores do longa que ele conheceu a atual esposa, Christine Forrest. A atriz fez ponta em vários filmes do marido e chegou a colaborar, ainda, como produtora.

Na mesma década, o cineasta comandou também: O Exército do Extermínio, que traz a luta do grupo recrutado pelo governo para eliminar a população infectada por um estranho vírus, e o sucesso de crítica, Martin, em que faz parte do elenco. O mito dos vampiros é desconstruído através do personagem que dá nome ao longa.

De volta ao mundo dos zumbis em 1979, Romero colabora também na montagem de Zombie - O Despertar dos Mortos, ao lado de outro mestre do terror, o italiano Dario Argento. O longa, que lucrou US$ 55 milhões em todo o mundo, acompanha dois policiais, um repórter e a namorada, refugiados em um shopping center para fugir de uma epidemia dos zumbis. Alguns anos depois, em 2004, a Universal lançaria a refilmagem da produção, Madrugada dos Mortos, sem qualquer participação de seu criador.

Cavaleiros de Aço, de 1981, foi um de seus primeiros filmes com alto orçamento e elenco conhecido. Protagonizada por Ed Harris, a produção conta a história de um grupo de cavaleiros que participa de competições medievais usando motos no lugar dos tradicionais cavalos. O diretor lançou mais um sucesso no ano seguinte: Creepshow - Show de Horrores, que reúne várias histórias macabras escritas por Stephen King, adaptadas dos quadrinhos de 1950. Já em 1985, Romero comandou o terceiro filme da série com os mortos-vivos, que marcaria o início de uma declinada em sua carreira. O terror O Dia dos Mortos mostra mais uma vez sobreviventes do ataque dos zumbis, que se escondem em um abrigo subterrâneo e tentam encontrar um meio de derrotar as criaturas.

1988 trouxe às telas Comando Assassino, com o roteiro adaptado pelo próprio Romero do livro de Michael Stewart. O longa, sobre um homem tetraplégico e um macaco treinado que aos poucos vira seu instrumento de vingança, ganhou prêmios em festivais, mas não teve boa recepção junto ao público. Em 1991, o diretor se junta mais uma vez a Dario Argento no comando de Dois Olhos Satânicos. Ambos estiveram presentes também no roteiro do longa, ao lado de Franco Ferrini e Peter Koper, em uma adaptação de vários contos de Edgar Allan Poe. Dois anos mais tarde, Romero leva aos cinemas um romance de Stephen King: A Metade Negra, roteirizado pelo diretor, conta a intrigante história de Thad Beaumont, que tem dentro da cabeça o resto do cérebro de um irmão gêmeo morto antes de nascer.

Não tendo obtido o mesmo reconhecimento em termos de bilheteria dos seus filmes de zumbis, o cineasta passa sete anos sem uma nova produção. Nesse intervalo, ele aparece como um dos prisioneiros de Hannibal Lecter em O Silêncio dos Inocentes, de 1991. É também durante este tempo longe da sétima arte que Romero filma o comercial japonês do game Resident Evil 2. O trabalho foi considerado tão bom que seu nome chegou a ser cogitado para comandar a adaptação para os cinemas. Mesmo tendo recusado de início, ele chegou a escrever um script do longa. Mas seu retorno às telas é com A Máscara do Terror, que não repete, mais uma vez, o sucesso de suas primeiras obras.

Só em 2005, o diretor traz de volta às telas as criaturas que lhe renderam fama. Em Terra dos Mortos, os zumbis dominaram o mundo e as pessoas que conseguiram sobreviver estão confinadas em uma cidade cercada por muros. Com críticas positivas e bom retorno financeiro, o longa abre as portas para Diary of the Dead, lançado no começo de 2008. Desta vez, os mortos-vivos perseguem um grupo de estudantes que está fazendo um filme de terror numa floresta. Com boa recepção no Festival de Toronto, Romero já anunciou os planos de fazer uma continuação.

Porém, a escolha do diretor para seu próximo trabalho foi ...of the Dead, que apesar de ter a sinopse que seria a de Diary of the Dead 2, não pode ser considerado uma seqüência direta. O terror se passa em uma ilha, onde, segundo um anúncio na internet, as pessoas estariam protegidas contra os mortos-vivos. Mas o que o local realmente oferece é mais ameaças de ataques. O filme deve chegar aos cinemas em 2009.

George A. Romero é muito mais do que um simples diretor de cinema. Não só pelo fato de participar também do roteiro e produção de muitos de seus filmes, chegando a atuar em alguns e montar outros. Mas por ter revolucionado o gênero do terror, se tornando uma lenda por meio de longas com enredos tão incomuns e até mesmo bizarros. O sucesso de suas produções acabou criando um subgênero, o dos mortos-vivos. Para o cineasta, o terror é o gênero que nunca morre. Assim como seus zumbis.


Um comentário:

  1. O senhor esteve cá ondem no Motelx :)
    mas infelizmente acabei por não ir.

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